A imigração no Município de Nova Roma do Sul está ligada ao contexto geral da metade do século XIX. A revolução industrial transformou a Europa e teve os seus reflexos no Brasil, como por exemplo: o fim da escravidão e o interesse pela mão-de-obra livre. O norte da Itália recém unificada passava por uma grave crise, pois existia falta de matéria-prima, esgotamento de terras e a concentração das mesmas nas mãos de poucos. A maioria dos operários estava desempregada devido ao fraco desempenho da indústria local. Outros trabalhavam em terras de latifundiários e mal conseguiam sobreviver. Por isso, as autoridades italianas faziam questão que os italianos imigrassem para outros países. No século XIX, o café era o principal produto brasileiro. Parte dos cafeicultores entendeu que com a crise seria mais barato e lucrativo empregar a mão-de-obra livre, mediante o pagamento de salários ou na forma de parcerias. Havia também interesse de formar a pequena propriedade para a produção de alimentos, que até então, eram quase todos importados. Também preponderou nessa fase, a questão do branqueamento da raça, além dos interesses comerciais entre Brasil e Itália. No Rio Grande do Sul, com intensas áreas de florestas disponíveis, que não interessavam aos fazendeiros, já havia a experiência da imigração alemã no Vale dos Sinos, por isso, restavam somente as terras da região da serra, as quais foram destinadas aos imigrantes italianos. Isso também era uma forma de separar os fazendeiros de cima da serra dos da campanha, que por várias vezes ameaçaram a unidade da federação. Índice > 1 > 2 > 3 > 4 > 5 > 6 > 7 > anterior > próxima >
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